Veja quais são os 5 erros mais comuns na criação de releases

Por DINO 23 de fevereiro de 2016
Veja quais são os 5 erros mais comuns na criação de releases

Além das questões gramaticais, há também aspectos estruturais e narrativos que transformam comunicados à imprensa em materiais nada informativos.

Comunicar-se é um dos elementos básicos para a constituição do indivíduo em sociedade. Por esta razão, a prática – tão antiga quanto a humanidade – desenvolveu-se de diversas maneiras ao longo da história. Sempre com o intuito de estabelecer a interação entre indivíduos, a comunicação também se adaptou aos avanços sociais, políticos, culturais e tecnológicos.

Tratando-se, por exemplo, da escrita, há como identificar textos com características bem distintas e, consequentemente, funções também. Deste modo, comunicar bem não se trata apenas de escrever ou falar, mas sim de identificar o objetivo esperado com o ato de escrever ou falar. Pensemos, então, no caso dos textos informativos, mais especificamente nos “releases”.

Releases (ou relises) são comunicados enviados à imprensa no intuito de pautá-la, ou seja, de sugerir temas a serem trabalhados e publicados. Majoritariamente produzidos em forma de texto, estes conteúdos têm como característica básica o teor informativo. O que os define enquanto tipo textual específico é seu objetivo e também a forma como é construído. Neste momento, é fundamental que alguns aspectos sejam mantidos para que sua função perca sentido, tornando-o apenas mais um conglomerado de frases que não transmitem algo relevante.

dino divulgador de notícias

Vejamos, então, elementos que podem descaracterizar um release e eliminar sua eficiência:

  1. O título
    Qualquer sugestão precisa ser chamativa. Despertar o interesse de quem a recebe sem apelar para frases feitas ou fatores subjetivos. E é justamente nesta “apelação” que mora o perigo. Títulos com muitos adjetivos (maravilhoso, incrível, imperdível, perfeito etc.) não estão sugerindo algo, mas afirmando sem abrir espaço para qualquer perspectiva diferente. Se o tema da pauta é realmente relevante, não será necessário encher o enunciado – que tem por aspecto primordial a objetividade – de julgamentos prévios. Deixe que o interesse do leitor pelo que está sendo compartilhado surja ao decorrer do texto. Um título impactante não é um título irritante. Outro ponto importante de ser ressaltado é o tamanho. Títulos são sentenças concisas, pontuais – o que não significa que levam ponto final – e, obviamente, informativas. Contudo, redigir três linhas para o topo do texto é desnecessário e denota pouco poder de síntese. Seja breve, seja objetivo e comece seu release com uma chamada intrigante que dê uma prévia do quão importante é o tema que está sugerindo. 

  2. O primeiro parágrafo
    Depois do título, o elemento que mais prepara o leitor para o que ele está prestes a conhecer é o primeiro parágrafo, o “abre”. Seu tom pode variar de acordo com o setor que irá abordar, tipo de público que busca alcançar e a linha editorial dos portais nos quais pretende ser publicado. O problema está n0 momento de analisar qual será a melhor forma de introdução.Deixar de responder perguntas básicas como as aplicadas no “lead” (Quem? Quando? Onde? Como? Por quê?) ou não contextualizar a informação a ser passada pode prejudicar o conteúdo logo no início. Imagine começar uma leitura na qual as 4 primeiras frases são meras repetições do título e não revelam os pontos que o texto pretende abordar? O primeiro parágrafo é como um “sumário” que define as diretrizes da narrativa e orienta a atenção de quem o lê para que a estrutura aplica e a construção dos parágrafos façam sentido.

  3. Estilo textual
    O estilo do texto deve estar sempre alinhado com o tipo de site que irá recebê-lo. Mais técnico, texto científico, investigativo, opinativo, descritivo, literário, entre outros. No caso de releases, espera-se que cumpra seu papel de comunicado à imprensa/sugestão de pauta: informe, sugira um direcionamento para o jornalista, apresente fatos relevantes e transmita conhecimento. A linguagem deve ser sempre acessível e esclarecedora.

  4. Dados e informações adicionais
    O “miolo” do release fica mais interessante se contar com dados de pesquisa, depoimentos de entrevistas e qualquer tipo de informação adicional que possa vir a ajudar o jornalista no momento de compor a matéria. Agilizar o processo de apuração é uma boa maneira de aplicar relevância ao conteúdo e, consequentemente, deixá-lo pronto para ser publicado nos portais para os quais será enviado. Muitas vezes isto não ocorre. O autor do texto simplesmente se esquece de contribuir com o conhecimento do leitor e apresenta apenas escassez de repertório.

  5. Serviço incompleto
    O serviço é um elemento indispensável quando se trata de releases. Nele estarão contidas as informações sobre data, local, horário e contato a respeito do evento em questão. Esquecer de colocá-lo é equivalente a dizer para o jornalista que ele terá retrabalho caso queira trabalhar a pauta sugerida. Então, é preciso se atentar. E muito.

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Assessoria de Imprensa